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Apologia de Sócrates

  • Foto do escritor: SOUL community
    SOUL community
  • 20 de mar. de 2022
  • 2 min de leitura

Atualizado: 14 de abr. de 2022




 
Acrópole - Denominação dada as construções mais nobres das cidades-estados gregas localizadas em regiões elevadas e fortificadas com muralhas.

Como seria andar pela antiguidade grega clássica, conviver com a mitologia e a democracia elitista que excluía mulheres e escravos das decisões comuns, sobreviver nas acrópoles aguardando um possível ataque estrangeiro ou a convocação para guerras infindáveis?

Entraremos no período compreendido entre 469 a.C. a 399 a.C., totalizando os 70 anos de um dos mais célebres filósofos que já passou pela Terra. Sócrates viu o apogeu da democracia ateniense com Péricles e seu declínio pelo domínio espartano após os longos anos da batalha do Peloponeso.

É por esses dias, que Querefonte, amigo de Sócrates desde a juventude, ousou perguntar a Pítia, sacerdotisa do templo de Delfos, se haveria alguém mais sábio do que Sócrates, e o que ela respondeu: Não.

Nada satisfeito com a resposta, nosso personagem se propôs a consultar todos os atenienses, disposto assim, a encontrar alguém mais sábio que ele. O que pôde verificar é que quanto mais sábio o indivíduo julgasse ser, menos essência verdadeiramente tinha. De sua eterna busca cunhou expressões incorruptíveis como: “Conhece a ti mesmo”, “Ninguém faz o mal voluntariamente, mas por ignorância, pois a sabedoria e a virtude são inseparáveis” e “É preferível sofrer a injustiça do que cometê-la”.

Modelo de virtude, foi exemplo para aqueles que o cercavam. Platão, discípulo próximo, o eternizou através de seus livros: “Diálogos” e “Apologia de Sócrates”.

Em nossa sugestão de leitura Sócrates está perante o tribunal e tenta se defender das injustas acusações que levaram a sua morte, com 220 votos a favor contra 280; a mudança de apenas 30 votos teria causado a sua absolvição. A tensão e a importância do momento são comoventes e levam a inúmeras reflexões.

A morte de Sócrates - Metropolitam Museum of Art de Nova York. Sócrates ao centro diz suas últimas palavras antes de tomar cicuta e Platão está desolado ao pé da cama.

Foi esta mesma comoção que atingiu o pintor Jean Louis David, expoente do neoclassicismo parisiense, em suas fibras mais íntimas. De forma rara, imortalizou os fatos em sua obra: “A morte de Sócrates” em 1787, que é por muitos, considerada sua mais bela pintura.

E, para àqueles que desejarem se aprofundar ainda mais, outro livro de Platão, “Fédon”, conta com detalhes os últimos suspiros de Sócrates.

Sem dúvida um excelente livro para uma pessoa excelente.





 
 
 

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